Todos os sonhos
Para todos os sonhos... Eu quis fazer da vida um arco-íris, não como ornamento ingênuo, mas como travessia sensível, para brincar no céu etéreo onde as nuvens têm gosto de infância e o tempo ainda é algodão doce. Desejei que a existência fosse rosa não a cor banal do conforto, mas o tom raro do amor íntegro, descomplicado e inteiro, sem o gesto brutal de rasgar destinos nem a fadiga inútil de costurar ausências. Já não desejo retornar. Recuso a armadilha imóvel do passado, esse tempo suspenso que insiste em congelar teus olhos no brilho estático das estrelas mortas. Quero a vida sem fraturas. Inteira. Sem metades que sangram silêncio. Quero excesso. Quero abundância de tinta, porque minha tela sempre vulnerável ao recomeço se oferece outra vez em branco, pedindo não um final, mas mais um conto capaz de me atravessar. 12 de dezembro 2025 Por: Vanessa Mayara Pestili








