Quanto tempo dura um dia?
Eu queria que o tempo tivesse suspenso o próprio fôlego naquele instante em que teus olhos repousaram sobre os meus pela primeira vez.
Senti nascer em mim uma paz tão profunda, tão sincera e serenamente iluminada, que parecia silenciar todo o caos que eu carregava. Como se, no exato segundo em que me fitaste, o tumulto do mundo se desfizesse e, em seu lugar, brotasse uma alegria imensa, calma e inaugural.
Tua voz, em sua doçura tranquila; teu gesto, tão sereno e compassado… Ah, aquela noite, eu a viveria novamente, e novamente, se o destino me concedesse tamanha graça.
Dia após dia, em pequenas delicadezas, você foi conquistando espaços dentro de mim. Um romântico genuíno, um homem imenso, de um coração luminoso, puro e radiante.
E eu, que cheguei com o peito aberto e a alma entregue, jamais poderia imaginar que a vida seria tão generosa, tão surpreendentemente amável comigo.
O tempo tem corrido célere, os dias têm sido intensos, e dizem que a paixão é mesmo assim: arde, consome, transborda, e às vezes se perde pelos desvios do caminho.
Mas que caminho é esse? Para onde, afinal, estamos sendo conduzidos?
Não sei. Talvez não importe.
Hoje — apenas hoje — eu só desejo viver um pouco mais de tudo o que somos, de tudo o que se teceu entre nós até aqui.
Só por hoje, que eu possa permanecer mais um instante dentro dessa história que, mesmo incerta, me toca tão profundamente.
Um mês...
Linguinha. 🤍










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